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Espaço de acolhimento à mulher, inaugurado no domingo, 27 de julho, funcionará em todos os jogos, no Juizado Especial Criminal. Objetivo é garantir respeito e segurança para todas as torcedoras

 

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O Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão, inaugurado em 1965, agora conta com o espaço de acolhimento à mulher, reservado para o atendimento de denúncias de assédio, racismo, importunação sexual e outras formas de violência de gênero. A “Sala Lilás” foi inaugurada nesse domingo, 27 de julho. A iniciativa é uma parceria do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Minas Arena, empresa que administra o Mineirão.

O espaço de acolhimento à mulher funcionará em todos os jogos, no Juizado Especial Criminal. O objetivo é garantir respeito e segurança para todas as torcedoras.

As promotoras de Justiça Ana Tereza Ribeiro Salles Giacomini e Denise Guerzoni Coelho, respectivamente coordenadoras da Casa Lilian e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica (CAO-VD), estiveram presentes à inauguração.

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Além do MPMG, a iniciativa conta com o apoio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Defensoria Pública de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Polícias Civil (PCMG) e Militar de Minas Gerais (PMMG).

Para a promotora de Justiça Ana Teresa Giacomini, “o espaço inaugurado é uma conquista para as torcedoras. Aqui elas contarão com atendimento acolhedor, humanizado e que atende as necessidades básicas. Esse avanço revela que os estádios também estão preocupados com uma política que seja efetivamente protetiva para as mulheres. O lugar da mulher é de fato, onde ela quiser, inclusive torcendo para o time do coração”.

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A sala dedicada às mulheres foi uma união de forças do MPMG e demais instituições, destaca a promotora de Justiça Denise Guerzoni. “É o replique daquilo que se faz fora do estádio, agora também no estádio, para que o ambiente esportivo também seja um ambiente acolhedor, de orientação, proteção. O Mineirão é o terceiro espaço no Brasil a inaugurar uma sala dessa natureza. 

A promotora de Justiça ressalta que, “estádio de futebol é um lugar que infelizmente acontecem muitos tipos de assédio. Sabendo que tem um espaço aqui para denúncia e que confere apoio exclusivo à mulher, elas se sentiram mais seguras”.

Previsão na Carta de Brasília
Os espaços de acolhimento em estádios estão previstos na Carta de Brasília, redigida em março deste ano, durante o Encontro Nacional do Juizados do Torcedor. No documento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomenda que, nos Juizados do Torcedor, sejam instaladas salas de acolhimento, com equipe multidisciplinar, para atendimento a mulheres, crianças e adolescentes em situação de violência durante eventos esportivos.

O documento reforça também a importância de uma atuação conjunta entre Ministério Público e Poder Judiciário, demais órgãos de segurança e entidades desportivas na formulação de políticas públicas que assegurem a integridade dos espetáculos esportivos e culturais e que coíbam práticas discriminatórias e atos de violência.

As promotoras de Justiça falaram sobre a inauguração da 'Sala Lilás' à Rádio MP

Com informações do Mineirão
Fotos: Agência i7
 

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