Notícias - Violência DomésticaRedes de saúde são novas parceiras do MPMG na campanha de prevenção ao feminicídio
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio dos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO-VD) e de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), reuniu-se na última sexta-feira, 13 de junho, com a Central dos Hospitais de Minas Gerais para discutir a campanha “Alerta Lilás: saúde da mulher como prevenção ao feminicídio”.
A iniciativa busca fortalecer a rede de saúde como um espaço importante para identificar e ajudar mulheres em situação de violência, evitando casos mais graves, como o feminicídio. A campanha inclui a produção e divulgação de materiais educativos, como vídeos, cartilhas e panfletos, além da capacitação de profissionais da saúde para oferecer um acolhimento humanizado, reconhecer sinais de agressão e encaminhar as vítimas aos órgãos competentes. A expectativa é que os materiais da campanha estejam disponíveis ao público a partir de agosto deste ano.
A coordenadora do CAO-VD, Denise Guerzoni, considera que a rede de saúde é a principal porta de entrada para as vítimas, já que muitas mulheres buscam atendimento médico antes de recorrer à Justiça ou à segurança pública. Assim, segundo a promotora de Justiça, a atuação nesses locais é essencial para a identificação precoce da violência. “O dado que mais nos preocupa é que 80% das mulheres vítimas de feminicídio consumado não estavam sob nenhuma medida protetiva. Isso demonstra que é preciso alcançá-las antes, e o ambiente de saúde pode ser decisivo nesse processo”, afirmou.
Além de ampliar o acesso à informação e qualificar a rede de atendimento, a atuação pretende envolver hospitais públicos, privados e filantrópicos de todo o estado, reforçando que o enfrentamento à violência doméstica deve ser prioridade em todas as esferas de atendimento.
Ao final da reunião, o superintendente da Central dos Hospitais de Minas Gerais, Wesley Marques Nascimento, destacou a importância da campanha para os hospitais e o papel essencial da saúde no combate à violência contra a mulher. “Nós sabemos que a saúde é um elo essencial nesse processo de defesa das mulheres mineiras, porque, muitas vezes, é ali que surgem os primeiros sinais de violência. Por isso, é fundamental capacitar os profissionais da saúde para que eles possam acolher e orientar da melhor forma as pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou.
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