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Sentença foi divulgada nessa terça-feira, 30. Uma das condenadas está presa desde a deflagração da Operação Libertas, em novembro de 2021


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, obteve na Justiça, nessa terça-feira, 30, a condenação de três pessoas denunciadas pela prática de crimes de exploração sexual de travestis e transexuais. Todas foram investigadas na Operação Libertas, deflagrada em novembro de 2021. Somadas as condenações das três sentenciadas chegam a quase 30 anos de reclusão. As rés foram denunciadas por roubo qualificado e extorsão qualificada.

Uma das condenadas, a ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp Rodrigues Cardoso, responde por diversos delitos, dentre eles tentativa de latrocínio, extorsão e tentativa de homicídio, sem prejuízo de investigação ainda em andamento perante o Gaeco de Uberlândia. Na sentença divulgada nessa terça-feira, Pâmela foi condenada a mais dez anos e dez meses de reclusão em regime fechado, uma vez que já havia sido condenada a quatro anos de reclusão em outro processo decorrente da Operação Libertas no final do ano passado.

Paula Volp e Thauana Araújo também denunciadas pelos crimes de extorsão qualificada e roubo qualificado, também foram condenadas a nove anos e quaro meses de reclusão, cada, em regime fechado.

De acordo com a sentença, no processo há vários boletins de ocorrências indicando a atuação violenta por parte da acusada Pâmela Volp e comparsas, com indicação de ações voltadas à intimidação e agressão de diversas pessoas, com o intuito de manter o domínio do mercado de exploração de travestis e transexuais. 

Ainda conforme a decisão da Justiça, as provas produzidas evidenciam que Pâmela Volp exercia o monopólio da exploração de travestis e mulheres trans e não media esforços para manter o seu poder, valendo-se de capangas para amealhar dinheiro com o controle de pontos de prostituição e intimidar vítimas.

A denúncia contra as três pessoas foi recebida pela Justiça em novembro de 2021, ocasião em que foi decretada a prisão preventiva das denunciadas, conforme pedido feito pelo MPMG. 

A Operação Libertas resultou na deflagração de sete fases distintas, um delas inclusive em Santa Catarina, sendo que além das duas sentenças condenatórias já proferidas pela Justiça em desfavor de Pâmela Volp, outros processos e investigações se encontram em tramitação na comarca de Uberlândia.

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