Notícias - InstitucionalMPMG e Fundação Clóvis Salgado abrem mostra de cinema que homenageia Grande Otelo
Programação é toda gratuita e se estende até 29 de junho. Iniciativa faz parte do programa antirracista “Sobre Tons”, do MPMG
Foi aberta nesta quinta-feira, 5 de junho, em Belo Horizonte, a mostra de cinema “Intérprete do Brasil – Uma Homenagem a Grande Otelo”, realizada pela Fundação Clóvis Salgado, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A programação, que se estende até dia 29 de junho, acontecerá no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, e celebra os 110 anos de nascimento do ator.
A iniciativa faz parte das ações do programa antirracista “Sobre Tons”, do MPMG, é custeada com recursos do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (Funemp). Ao longo da mostra, serão exibidas cópias restauradas e em película, além de ações formativas, como debates e cursos. Toda a programação é gratuita e conta com cerca de 40 filmes.
Na abertura, a promotora de Justiça Ana Gabriela Brito Melo Rocha lembrou que o mostra foi possível em razão do Sobre Tons, programa antirracista do MPMG, e falou sobre a importância do evento. “Não se faz transformação social, que é a função constitucional do Ministério Público, sem arte, sem cultura, sem democratização do acesso à arte e, sobretudo, sem a valorização dos nossos artistas”, disse.
A abertura contou com uma performance do multiartista Maurício Tizumba. Para ele, Grande Otelo representa o início, um caminho aberto, que agora já está capinado. “Ele abriu caminho com toda dificuldade, nesse país racista, pra gente passar. E por causa dele eu estou aqui”, destacou.
Para a produtora e curadora Layla Braz, diretora artística do evento, essa homenagem a Grande Otelo é uma oportunidade para conhecer e rever o ator, que foi tão importante para diversas gerações, e para apresentar a história do cinema brasileiro. “Precisamos pensar como é importante a preservação do cinema nacional”, ressaltou.
De acordo com o crítico, programador, pesquisador e diretor baiano Fabio Rodrigues Filho, curador da mostra, não há história do cinema brasileiro e não há história do país sem Grande Otelo. “Quem já conhece Otelo convido a conhecê-lo por outros olhares, outras vias. Para aqueles que ainda não o conhecem, essa retrospectiva é uma ótima oportunidade. O que a gente vai encontrar aqui é um Otelo múltiplo, que desafia concepções correntes, desafia o que a gente acha que é um homem negro, um ator, um ator negro, desafia o que a gente acha que é o Brasil”, destacou.
A mostra conta ainda com sessões comentadas, exibições em película e de cópias restauradas em DCP, debates, cursos, um catálogo exclusivo e a presença de especialistas de relevância nacional. No encerramento, o Grupo de Choro do Cefart interpretar clássicos de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Joaquim A. Callado, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e muitos outros artistas que atravessaram a trajetória musical de Grande Otelo.
A mostra “Intérprete do Brasil: Uma Homenagem a Grande Otelo” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, MPMG, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado.
Saiba mais sobre a mostra “Intérprete do Brasil: Uma Homenagem a Grande Otelo”.
Saiba mais a respeito do “Sobre Tons”, o programa antirracista do MPMG.
Ministério Público de Minas Gerais
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