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Equipamentos eram aparelhos de TV Box irregulares que foram descaracterizados e transformados para atender os estudantes

Os alunos da Escola Municipal Belo Horizonte, localizada no bairro São Cristóvão, na capital mineira, receberam nesta sexta-feira, 24 de junho, 30 minicomputadores com monitores, miniteclados e mouses, que agora farão parte do laboratório de Informática da instituição.  

A iniciativa faz parte de uma ação articulada entre a Receita Federal, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT3) dentro do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT3. A destinação dos equipamentos foi feita à Prefeitura de Belo Horizonte, que escolheu a escola devido à perda de bens ocasionada pela enchente que atingiu a capital no início deste ano.  

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Os minicomputadores doados eram aparelhos de TV Box irregulares apreendidos pela Receita Federal e que anteriormente seriam destruídos. Porém, com essa parceria, eles foram transformados para uso pelos estudantes. 

A adaptação e descaracterização das máquinas, que recebeu o pacote Libre Office, jogos educativos e internet, foi feita por dez instituições de Ensino Superior: Centro Federal de Educação Tecnológica de Varginha/MG; Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, do Triângulo Mineiro e do Norte de Minas Gerais; Universidades Federais de Itajubá, de Lavras, de Uberlândia, do Triângulo Mineiro e de Viçosa; e Universidade do Estado de Minas Gerais. 

A entrega dos microcomputadores contou com a presença do presidente do TRT3, desembargador Ricardo Antônio Mohallem; do superintendente da Receita Federal do Brasil em Minas Gerais, auditor-fiscal Mário José Dehon São Thiago Santiago; da coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação, promotora de Justiça Ana Carolina Zambom; o diretor de planejamento estratégico e gestão informação, Hudson de Oliveira, representando a Secretária Municipal de Educação, Angela Dalben; o diretor da Escola Municipal Belo Horizonte, professor e educador Daniel Pinheiro Chagas; e o presidente da Associação dos Servidores do TRT3, Cassius Vinícius Bahia de Magalhães. A entrega contou com a apresentação musical da estudante Luna Gabriele Santana de Oliveira. 

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Na cerimônia de entrega, o desembargador Ricardo Antônio Mohallem ressaltou que os equipamentos que eram utilizados para atividades irregulares foram transformados e agora serão utilizados para o bem.  

O auditor-fiscal Mário José Dehon São Thiago Santiago explicou, em linhas gerais, o trabalho da Receita Federal e comentou que esses aparelhos anteriormente eram destruídos e viravam lixo. Ele informou ainda que são cerca de 3 milhões de aparelhos irregulares de TV box apreendidos no Brasil e que é o segundo maior em número de apreensões da Receita Federal. “Da mesma forma que esses equipamentos foram transformados para uso aqui na escola, os cigarros contrabandeados estão virando adubo e as bebidas destiladas falsificadas já viraram álcool gel. Para fazer o bem, temos que ter uma visão ampliada”, disse.  

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A promotora de Justiça Ana Carolina Zambom destacou a importância dos equipamentos para a inclusão digital dos estudantes e esclareceu que a promoção dessa inclusão é um dever do Estado. Segundo ela, o letramento digital é importante tanto para o acesso ao conhecimento quanto para saber quais são os riscos que a tecnologia traz na atualidade.

O professor e educador Daniel Pinheiro Chagas salientou que a acessibilidade cibernética com os equipamentos tornará o aprendizado mais dinâmico, mais alegre e mais prazeroso. “Com a escola mais equipada, teremos um saber diversificado, fomentando aos alunos mais oportunidades na vida”, afirmou.  

Régua - Assinatura Cejor (atualizada)

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