Início do conteúdo

Réu atirou com uma espingarda na cabeça da vítima, na zona rural de Bocaína de Minas, no sul do estado

 

Após denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), julgamento no Tribunal do Júri de Aiuruoca, no Sul de Minas, condenou um homem a 16 anos e 15 dias de reclusão, a um ano de detenção e 10 dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo, pelo crime de feminicídio duplamente qualificado e guarda irregular de arma de fogo e munições. Ele também foi condenado à obrigação de reparar os danos causados aos familiares da vítima, no montante de R$ 100 mil. 

De acordo com o MPMG, o réu matou a sua ex-namorada, em março de 2023, com um tiro de espingarda na cabeça, por ciúme e inconformismo com o fim do relacionamento. Conforme denúncia do Ministério Público, os dois ficaram juntos por seis anos e tinham rompido há dois meses, mas continuaram morando na mesma casa, na zona rural de Bocaína de Minas, ainda que em quartos separados. 

Na véspera do crime, o condenado adotou comportamento agressivo, chegando a atirar para o alto do lado de fora imóvel. Com medo, a vítima se escondeu em um cômodo da casa e trancou a porta. Quando ela saiu do quarto, o réu a surpreendeu com um disparo de espingarda, que atingiu sua cabeça e a matou.  

Em julgamento no Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença acolheu as teses do Ministério Público e reconheceu que o crime foi cometido contra mulher por razões da condição de sexo feminino, que o acusado agiu por motivo torpe e utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, visto que os dois estavam sozinhos em imóvel afastado, que ela estava desarmada e sem possibilidade de fuga.  

O réu, que se apresentou à polícia dias após o crime, já estava em prisão preventiva e cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.  

 

assinatura_cjor_atualizada_2022.png

 

Final do conteúdo