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O programa História Oral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrevistou hoje, 29 de novembro, o ex-corregedor-geral Luciano França da Silveira Júnior, que esteve à frente do órgão entre 2020 e 2021. Para conversar com ele, foram convidados o procurador de Justiça Rogério Filippetto de Oliveira e a promotora de Justiça Cláudia Ferreira de Souza. Ambos estiveram ao lado de França durante a gestão na Corregedoria-Geral do MPMG.  

Durante a entrevista, o ex-corregedor-geral falou sobre sua infância rural em Paraopeba, munícipio a 98 km de Belo Horizonte, sobre seus estudos em Juiz de Fora, onde iniciou no Jornalismo, mas precisou parar no 3º período, quando teve um problema de saúde que o levou a retornar à casa dos pais. Falou sobre a mudança para o curso de Direito incentivado por um primo, sobre o ingresso no MPMG, inicialmente como datilografo, num concurso de 1989, e posteriormente, em 1992, como promotor de Justiça. “Um dos componentes da banca examinadora foi o dr. Darcy”, afirmou.  

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Segundo França, o início da carreira, como promotor de Justiça em Tarumirim, comarca a 70km de Valadares, foi desafiador, tanto pela pouca idade, 25 anos, quanto pela pouca experiência, já que seu ingresso se deu logo após concluir o curso de Direito. Na época, o curso de ingresso durava uma semana e os membros não contavam com os Centros de Apoio Operacional. “Eram noções muito genéricas das atribuições”, afirmou. Hoje, o curso dura mais de um mês. Para a sua formação inicial no cargo, França recordou o auxílio que teve de uma juíza da comarca, Valéria Queiroz. “Uma pessoa muito sensível, muito humana, e com isso, eu aprendi a ser promotor de Justiça com calma, com tranquilidade”. 

França também lembrou o período em que atuou em Belo Horizonte como promotor de Justiça do Tribunal do Júri. Segundo ele, em 2007, ele vivenciou a primeira transmissão pela internet de uma sessão de julgamento. “Foi uma experiência bem sucedida. Foi um júri presidido pelo juiz Leopoldo Mameluque”, afirmou. A decisão do júri, segundo França, ocorreu nos termos postulados pelo MPMG. Outro fato marcante para França foi a eleição de 2019 para o cargo de corregedor-geral em que a votação ocorreu de forma eletrônica. “Isso facilitou o voto, pois, mesmo em caso de limitação por questão de saúde ou de ausência, é possível votar”, disse.  

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Para França, o programa História Oral proporciona aos membros e servidores uma oportunidade de relatarem suas vivências dentro e fora da instituição. “É uma iniciativa muito positiva, pois o país não tem uma cultura do cuidado com a preservação histórica. Essa preocupação é essencial, na medida em que valoriza toda uma trajetória, muitas vezes não é evidenciada. E mais do que isso, inspira o futuro. E as novas gerações, alçadas às lideranças institucionais podem verificar todo um contexto anterior, de como as coisas ocorreram. E como a instituição se apresenta hoje é fruto de experiências anteriores”, concluiu.   

Trajetória 

Luciano França da Silveira Júnior nasceu em Caetanópolis, em 1967. Radicado em Paraopeba, formou-se em Direito em 1991 pela Faculdade de Sete Lagoas. Ingressou como membro do MPMG, em 1992, por meio do 30º concurso. Atuou nas comarcas de Tarumirim, Leopoldina, Diamantina, Belo Horizonte. Foi promovido ao cargo de procurador de Justiça em 2012. Ocupou a função de assessor de corregedor do MPMG por três vezes. Exerceu o cargo de corregedor-geral do MPMG de 2020 a 2021.  

História Oral 

O Programa História Oral do MPMG caracteriza-se por desenvolver projetos de pesquisa que visam resgatar a memória institucional e subsidiar a construção de sua história. Os temas de pesquisa são definidos no âmbito do Conselho Curador e se inserem nas linhas de pesquisa do Memorial. 

A entrevista com Luiz Antônio Sasdelli Prudente faz parte da segunda fase do programa História Oral, iniciativa que busca documentar, por meio de vídeo, e inserir no acervo do Memorial da instituição, depoimentos de integrantes da casa e de outras personalidades que contribuíram para o crescimento do Ministério Público mineiro. A primeira fase do projeto ouviu membros da Administração Superior e personalidades da vida pública. A segunda fase tem como foco a Corregedoria-Geral do MPMG. 

Os entrevistadores do projeto são, também, protagonistas na construção da identidade e da memória do Ministério Público de Minas Gerais. 

 

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