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A iniciativa reconhece o sistema de saúde como um espaço estratégico de enfrentamento ao feminicídio e à violência contra a mulher

Nesta segunda-feira, 18 de agosto, o hospital Felício Rocho e o laboratório Hermes Pardini, do Grupo Fleury, aderiram oficialmente à campanha Alerta Lilás. A iniciativa, que tem a parceira da Central dos Hospitais de Minas Gerais, reconhece o sistema de saúde como um espaço estratégico de enfrentamento ao feminicídio e à violência contra a mulher.

Promovida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a campanha Alerta Lilás divulga informações sobre o acesso a direitos para a população usuária do sistema de saúde e capacita profissionais da área sobre a forma de acolher e encaminhar adequadamente os casos de violência contra a mulher. 

À frente da iniciativa estão os Centros de Apoio Operacionais das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO-VD) e de Defesa da Saúde (CAO-Saúde). De acordo com os dois órgãos do MPMG, estudos mostram que algumas questões de saúde mental ou física podem ser sinais de alerta que antecedem episódios graves de violência. 

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Segundo a coordenadora do CAO-VD, Denise Gerzoni Coelho, os parceiros da campanha vão ajudar na detecção precoce da violência contra a mulher por meio de um trabalho conjunto entre os sistemas de saúde, de segurança e de justiça. “Muitas vezes a mulher não se reporta num primeiro episódio de violência à justiça ou à polícia, mas procura o sistema de saúde a partir, por exemplo, de danos físicos ou emocionais, devido à opressão ou a um relacionamento violento”, disse. 

Para ela, é nesse momento que a equipe médica e o corpo técnico, administrativo e operacional dessas instituições de saúde precisam estar preparadas para identificar casos suspeitos, acolher a vítima e dar encaminhamento. O diretor-presidente do hospital Felício Rocho, Wagner Veloso, disse que ao ser convidado a participar da iniciativa do MPMG aceitou imediatamente. “Qualquer campanha que contribua para a saúde da mulher será bem-vinda na nossa instituição”, afirmou. Para a gerente de Gestão de Saúde Viver Bem do Laboratório Hermes Pardini, Lucilene Costa, a parceria com o MPMG é mais uma demonstração do engajamento do Grupo Fleury no enfrentamento à violência contra a mulher.    

Campanha Alerta Lilás - Hospital Felício Rocho 18.08.25

 

 

A campanha Alerta Lilás atua em dois eixos principais. Um voltado à proteção, usando os espaços dos hospitais, clínicas e laboratórios para a divulgação das informações sobre tipos de violência (física, psicológica, sexual, moral, patrimonial), locais onde buscar ajuda e formas de solicitar medidas protetivas. O segundo eixo foca na capacitação de profissionais de saúde para que possam acolher e orientar as mulheres vítimas de violência, consigam identificar os casos suspeitos e sejam capazes de organizar o fluxo de proteção.  

Para atuar no enfrentamento à violência contra a mulher, os parceiros da campanha Alerta Lilás vão disponibilizar material informativo em seus espaços físicos, em TVs e telões. Um desses materiais é a cartilha elaborada pelo MPMG com informações uteis que auxiliarão as vítimas na procura por ajuda. Segundo a coordenadora do CAO-VD, Denise Gerzoni, desde o lançamento da campanha Alerta Lilás, em 7 de agosto, até o momento, 20 hospitais já aderiram à iniciativa, além de 68 unidades do laboratório Hermes Pardini.   

Violência doméstica e a campanha 

A violência doméstica e familiar contra a mulher é um grave problema social que afeta milhões de mulheres no Brasil e no mundo. Ela não se limita ao abuso físico, mas também inclui agressões psicológicas, sexuais e econômicas, gerando sérios impactos na saúde e no bem-estar das vítimas. A violência doméstica representa uma violação dos direitos humanos e, por isso, é fundamental que a sociedade se engaje na conscientização, prevenção e combate a esse tipo de crime, oferecendo suporte às vítimas. 

Como pedir proteção da Lei Maria da Penha 

Se você vive uma situação de violência, conhece quem vive e deseja ajudar ou mesmo se algum dia presenciar alguma situação de violência, fique atenta: ligue no número 190 se você está sofrendo violência ou se ouvir gritos e sinais de briga; 180 para denunciar violência doméstica ou 100 quando a violência for contra crianças. Por meio desses canais é possível fazer uma denúncia anônima. 

Você ainda pode comparecer à Delegacia de Mulheres da sua cidade; ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher; à Defensoria Pública Especializada na Defesa dos Direitos da Mulher em Situação de Violência (Nudem) da sua cidade. 

Se na sua cidade não houver nenhum serviço especializado no atendimento à mulher em situação de violência, entre em contato com a Delegacia de Polícia mais próxima; com o posto da Polícia Militar mais próximo; com o serviço de assistência social do seu município (Cras ou Creas); com a Promotoria de Justiça mais próxima, com o Fórum ou com a Defensoria Pública. 

Serviços online 

Acesse: delegaciavirtual.sids.mg.gov.br, faça o registro virtual da violência que você sofre e peça proteção. 

Se a vítima já requereu medida protetiva e segue sendo ameaçada, ela deve procurar qualquer um dos órgãos de atendimento. É possível fazer o registro dos novos episódios na plataforma do B.O. Virtual, no link “Descumprimento de medida protetiva”. Além disso, a mulher pode procurar a Promotoria de Justiça e demais órgãos para pedir maior proteção. 

 

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