Campanhas Dia Nacional do Patrimônio Histórico: MPMG busca peças sacras desaparecidas do estado
A importância desta data propõe uma volta no tempo, a 1922, quando um grupo de intelectuais brasileiros organizou a Semana da Arte Moderna, movimento que criticava as tradições acadêmicas e artísticas vigentes, propondo uma profunda renovação estética para a construção da cultura brasileira.
Dentre os nomes que se destacaram no Movimento Modernista estão Mario e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Cândido Portinari, Anita Malfati, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e também Rodrigo Melo Franco de Andrade. Todos tiveram inegável importância no panorama cultural brasileiro, constituindo-se em verdadeiros símbolos de inovação nas diversas áreas em que atuavam.
Advogado, jornalista e escritor, Rodrigo de Melo Franco de Andrade exerceu durante 30 anos a presidência do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- SPHAN, órgão criado em 1937 que, atualmente, corresponde ao IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em Belo Horizonte em 17 de agosto de 1898. Em 1998, quando completaria 100 anos, a data foi escolhida para celebrar o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, numa homenagem a um incansável defensor dos bens culturais brasileiros.
Peças desaparecidas
Neste dia de celebração do patrimônio histórico e cultural, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chama a atenção para a subtração de peças sacras pertencentes ao provo mineiro. As autoridades de Minas procuram 734 peças desaparecidas, a exemplo de imagens de santos, castiçais, sinos, pedaços de altares e outras. Na lista, com objetos desaparecidos desde 1848, há muitas atribuídas a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814), o “mestre do barroco”. Já foram encontradas e devolvidas 269 peças e aguardam decisão judicial mais de 250, fruto de apreensões do MPMG, polícias Federal, Militar e Civil ou entregues espontaneamente.
“Nosso objetivo é devolver as peças a seus lugares de origem. Não há alegria maior, pois os moradores nunca perdem a esperança de rever seus objetos de devoção”, diz Giselle Ribeiro, da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural.
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