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O TV MP Entrevista abordou os riscos da adultização de crianças e adolescentes e a exploração infantojuvenil nas redes sociais. O tema ganhou destaque após a repercussão de um vídeo do influenciador Felca, que evidenciou como conteúdos digitais vêm estimulando a exposição precoce de menores. A convidada foi a promotora de Justiça Graciele de Rezende de Almeida, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa da Criança e do Adolescente do MPMG, que reforçou a necessidade de proteção integral. 


 
Segundo Graciele, a adultização ocorre quando crianças assumem comportamentos, responsabilidades e aparências típicas de adultos. Embora seja um processo histórico, a internet potencializou o problema ao transformar a exposição infantil em produto de engajamento e monetização. Ela ressalta que, por trás de conteúdos aparentemente inofensivos, muitas vezes existe exploração econômica e até riscos relacionados à pedofilia. 
 
A promotora destacou o papel da família, da sociedade, do poder público e das plataformas digitais na proteção de crianças e adolescentes. A superexposição pode trazer impactos sérios para o desenvolvimento e a saúde mental, impondo padrões artificiais que comprometem a infância. O fenômeno do sharenting, quando pais compartilham em excesso a rotina dos filhos, foi citado como um exemplo preocupante. 
 
A repercussão do vídeo do Felca também estimulou a discussão no Congresso sobre um projeto de lei que busca reforçar a proteção infantojuvenil no ambiente digital, conhecido como “ECA Digital”. Para a promotora, trata-se de um avanço civilizatório que deve contar com a participação das empresas de tecnologia, responsáveis por criar mecanismos de fiscalização eficazes. 

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Ministério Público de Minas Gerais

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