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Caso investigado teve origem em agosto de 2021, quando um casal de idosos, que reside em Belo Horizonte, foi vítima de um elaborado esquema criminoso que resultou em prejuízo superior a R$ 110 mil

 

 

O Grupo de Atuação Especial aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou nesta quinta-feira, 26 de junho, a operação “Firewall”, que resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e um mandado de busca pessoal contra pessoas suspeitas de praticarem furtos mediante fraude eletrônica contra idosos.

O caso investigado teve origem em agosto de 2021, quando um casal de idosos, que reside em Belo Horizonte, foi vítima de um elaborado esquema criminoso que resultou em prejuízo superior a R$ 110 mil.

A ação coordenada, com o apoio do Cyber Gaeco (Ministério Público de São a Paulo) e da Polícia Militar paulista, envolveu o cumprimento de mandados de prisão preventiva, uma decisão que fixou medidas alternativas à prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais localizados em São Paulo (capital).

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As investigações apuram a prática de furtos qualificados mediante fraude por dispositivo eletrônico (artigo 155, parágrafo 4º-B, com causa de aumento do parágrafo 4º-C, II do Código Penal), especificamente direcionados contra pessoas idosas.

Durante as diligências, foram apreendidos diversos telefones celulares, computadores, pendrives, além de máquinas de pagamento para cartão, console de videogame e cartões bancários.

De acordo com o Gaeco, os suspeitos possuíam mais de 110 contas bancárias distribuídas em diversas instituições financeiras, estratégia comumente utilizada para dificultar o rastreamento dos valores ilícitos arrecadados.

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Os investigados utilizavam programas maliciosos e técnicas de “spoofing” telefônico (falsificação de dados para se passar por outra entidade ou pessoa) para se passar por funcionários da central bancária do Banco do Brasil, induzindo as vítimas a fornecerem dados pessoais e bancários. O número da central de atendimento do Banco do Brasil (4004-0001) aparecia no identificador de chamadas das vítimas.

Com o controle dos equipamentos, eram realizadas transferências bancárias, contratação de empréstimos consignados fraudulentos e transferiam os valores para contas previamente preparadas. Durante todo o processo, mantinham as vítimas ao telefone com falsas justificativas sobre procedimentos de segurança bancária.

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A operação recebeu o nome “Firewall” em alusão ao sistema de segurança utilizado em redes de computadores para bloquear acessos não autorizados e proteger dados, protegendo sistemas contra invasões, em alusão ao papel do Gaeciber como barreira de proteção institucional contra criminosos que exploram vulnerabilidades tecnológicas para lesar cidadãos.

As investigações prosseguem sob sigilo judicial para preservar a efetividade das apurações em curso.

O Gaeciber alerta a população para que adote algumas medidas preventivas essenciais para evitar ser vítima de crimes similares. Desconfie de ligações não solicitadas. Em caso de dúvida desligue o telefone e entre em contato diretamente com seu banco pelos canais oficiais. Jamais informe senhas, códigos de segurança ou dados bancários por telefone.

Sobre o Gaeciber
O Grupo de Atuação Especial aos Crimes Cibernéticos é um órgão especializado coordenado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, integrado também por policiais civis e militares. O grupo atua de forma coordenada no combate aos crimes praticados no ambiente digital, desenvolvendo investigações complexas que demandam conhecimento técnico especializado.
 

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Ministério Público de Minas Gerais

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