Início do conteúdo

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 4ª Promotoria de Justiça de Varginha, obteve sentença condenatória contra três réus denunciados em razão de investigação acerca de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte e disparo de arma de fogo.

Um dos réus foi condenado pela prática dos crimes de tráfico, associação para o tráfico, disparo e porte de arma de fogo, sendo a pena total fixada em 17 anos, oito meses e 17 dias de reclusão, além de multa. Outro, foi condenado por associação para o tráfico, com pena de três anos e seis meses de reclusão e multa. O terceiro réu, que é advogado, foi condenado por colaborar, como informante, com associação destinada ao tráfico de drogas, sendo a pena fixada em dois anos e quatro meses de reclusão, além de multa. Segundo a apuração, na condição de advogado, ele intermediou, durante visitas jurídicas, recados destinados à continuidade do tráfico mesmo após a prisão de clientes.

Relembre o caso

A segunda fase da operação Áquila foi deflagrada no ano de 2022 e se destinou a desmantelar associação criminosa atuante em Varginha e região, com ligações com o PCC, dedicada ao tráfico de drogas e à associação para o tráfico, com envolvimento em outros crimes graves na busca da supremacia dentro da atividade ilícita. Durante as investigações, foram colhidos, ainda, elementos que apontam que o tráfico era comandado do interior de estabelecimentos prisionais.

Em um episódio, como forma de intimidar um desafeto, um dos denunciados efetuou disparos de arma de fogo na frente de sua residência, atingindo, inclusive, um cão que estava no imóvel.

Segundo as apurações, um advogado, já denunciado e condenado, em primeiro grau, em duas sentenças relativas à operação Penitência, como participante de esquema de corrupção no sistema prisional, quando da prisão de dois clientes ligados ao tráfico de drogas, passou a intermediar, valendo-se das prerrogativas da profissão e do livre acesso ao Presídio de Varginha, durante visitas jurídicas, ordens ligadas à atividade ilícita para a perpetuação do tráfico mesmo em face da custódia de seus clientes.

Na ocasião, foi oferecida denúncia contra oito pessoas pela prática de 13 crimes ligados ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma de fogo, disparo de arma de fogo e maus tratos a animais. Dezesseis mandados judiciais foram cumpridos.

Outras três pessoas já haviam sido condenadas a penas que, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.

Da decisão cabe recurso.

Fim da notícia

Ministério Público de Minas Gerais

Assessoria de Comunicação Integrada
Diretoria de Conteúdo Jornalístico
jornalismo@mpmg.mp.br

Final do conteúdo