Notícias - Violência DomésticaMPMG participa de webinário da campanha ‘21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher’
Ação, proposta pela Prefeitura de Belo Horizonte, foi realizada via Google Meet, com o tema “Quando uma mulher fala, uma rede se forma”
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participou, nesta segunda-feira, 15 de dezembro, do webinário “Quando uma mulher fala, uma rede se forma”, proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da diretoria de Políticas para as Mulheres. O evento fez parte da campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher".
A iniciativa contou com as seguintes palestrantes: Cláudia Natividade, psicóloga do Centro Estadual de Apoio às Vítimas - Casa Lilian do MPMG; Patrícia Habkouk, promotora de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar; e Denise Guerzoni, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra Mulheres (CAO-VD).
A primeira apresentação foi realizada por Cláudia Natividade, que explicou conceitos relacionados à construção social dos papéis de gênero, a partir de uma contextualização histórica. “Para realizar as leituras necessárias sobre gênero, é preciso analisar as relações de poder, além de considerar a posição social da vítima”, ressaltou.
Em seguida, Denise Guerzoni expôs dados e informações sobre as diversas formas de violência contra a mulher, considerando as normas estabelecidas pela Lei Maria da Penha. Segundo ela, “é preciso trabalhar incansavelmente contra todos os tipos de crimes que envolvem ataques contra as mulheres”.
Além disso, Denise também atualizou o debate com um novo termo, pouco conhecido no Brasil. Trata-se da “violência vicária”, cometida pelo agressor ou agressora contra os filhos, objetos, animais ou pessoas afetivamente significativas para a mulher vítima.
Por fim, Patrícia Habkouk apresentou as leis e os avanços conquistados em relação aos crimes de violência sexual contra mulheres e meninas. A promotora também abordou diversos desafios e destacou que a sociedade precisa “refletir sobre o assunto, considerando que o reconhecimento da dignidade sexual das mulheres é muito recente”.
O evento também contou com a participação de outros órgãos públicos e membros da sociedade civil.
Como denunciar
Se você sofre ou conhece alguma mulher que esteja sofrendo qualquer tipo de violência, seja física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, não se cale. Denunciar é o primeiro passo para quebrar o ciclo da agressão e garantir proteção à vítima.
Disque 127, um canal gratuito e sigiloso do MPMG para receber denúncias e orientações.
