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Também foi fixado pagamento de indenização de R$ 18 mil aos herdeiros da vítima. Um dos condenados continua foragido, enquanto os outros dois foram levados ao sistema prisional após a decisão.

 

Após dois dias de julgamento no Tribunal do Júri na Comarca de Viçosa, na Zona da Mata mineira, três réus foram condenados nessa quarta-feira, 24 de setembro, pelo assassinato de um jovem de 23 anos, ocorrido em 26 de março do ano passado, na zona rural do município de Viçosa. O crime foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) como homicídio duplamente qualificado, praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

De acordo com a denúncia, a execução foi ordenada por uma facção criminosa, no contexto de imposição do chamado tribunal do crime. A vítima, usuária de drogas e conhecida por pequenos furtos na comunidade, foi sequestrada pelos acusados, levada até a zona rural e morta com cinco disparos de arma de fogo na cabeça

As investigações apontaram que os réus agiram de forma premeditada, com divisão de tarefas. O sequestro chegou a ser presenciado por uma testemunha, que desde o ano passado está sob proteção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita).

O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público e reconheceu a responsabilidade penal dos três acusados. As penas aplicadas foram de 18, 22 e 24 anos de reclusão, além do pagamento de indenização de R$ 18 mil aos herdeiros da vítima.

Um dos condenados continua foragido, enquanto os outros dois foram levados ao sistema prisional após a decisão.

O caso evidencia a grave expansão das facções criminosas e o aumento da violência imposta por esses grupos, que utilizam o justiçamento como forma de vingança privada e de intimidação das comunidades. A decisão do Júri representa uma vitória nessa luta institucional de combate ao crime. 

A condução do processo ficou a cargo da promotora de Justiça Ana Paula Lima da Silva, que também conduziu a sessão plenária, juntamente à promotora Juliana Queiroz Ribeiro.

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Ministério Público de Minas Gerais

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