Notícias - Tribunal do JúriMPMG obtém condenação de mais um executor da Chacina de Tumiritinga
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve na Justiça, nesta quinta-feira, 9 de outubro, a condenação de mais um dos executores do episódio conhecido como “Chacina de Tumiritinga”. Durante o julgamento, entretanto, houve desmembramento do feito quanto ao mandante. O réu foi condenado pelos cinco homicídios consumados, por um tentado e por integrar organização criminosa armada majorada pela participação de agentes públicos a 62 anos e 3 meses de reclusão.
Apesar da condenação, a Justiça considerou que houve crime continuado e não somou as sanções, decisão que reduziu a dosimetria final da pena e levou o MPMG a recorrer. Um segundo réu, tido como de menor importância no crime, foi absolvido. Um dos mandantes do crime também seria julgado, mas o caso foi desmembrado. Ao todo, mais dois envolvidos esperam julgamento.
A sessão do Tribunal do Júri teve início na manhã de quarta-feira, mas só terminou na madrugada da quinta. Os promotores Carlos Eugênio Souto Maior Filizola Júnior e Enzo Pravatta Bassetti participaram do julgamento. Os acusados foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela prática de diversos crimes, incluindo homicídio.
Sobre a chacina
A Chacina de Tumiritinga ocorreu em 7 de fevereiro de 2012, em uma propriedade rural localizada no distrito de Divino do Sul, município de Tumiritinga, região Leste do estado. Na ocasião, cinco pessoas foram assassinadas — entre elas, um ex-vereador, seus dois filhos e um casal de trabalhadores da fazenda. Duas vítimas conseguiram escapar com vida, incluindo um adolescente que testemunhou parte dos homicídios.
As investigações conduzidas pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram que o crime foi executado por integrantes de uma organização criminosa conhecida como “La Famiglia”, atuante na região do Vale do Rio Doce. O grupo era responsável por diversas ações violentas, incluindo execuções, coação de testemunhas, invasões de propriedades, extorsões e tráfico de armas e drogas.
De acordo com o MPMG, a chacina teve motivação ligada a queima-de-arquivo exercida pela organização, que buscava impor sua autoridade por meio da força e da intimidação. Os executores se apresentaram como policiais, algemaram as vítimas e executaram-nas. Os crimes foram cometidos mediante pagamento.
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Ministério Público de Minas Gerais
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