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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), dando continuidade à “operação trem da Alegria”, ofereceu nova denúncia contra seis pessoas, entre elas o ex-prefeito de Guapé, ex-secretário municipal de obras e quatro empresários pela prática de fraude em licitação, falsidade ideológica e embaraço a investigação. Os envolvidos são investigados por fraude em licitação para asfaltamento de uma estrada rural com valor estimado em R$35 milhões.

As investigações estão sendo realizadas pela Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Varginha), e Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público (Sudoeste de Minas Gerais).

Conforme o MPMG, os investigados fraudaram uma segunda licitação, destinada à microgeração de energia elétrica, com valor estimado de R$1.671.750,00.

De acordo com as apurações, os reais empresários envolvidos nos eventos se valeram de terceiras pessoas, “laranjas”, para a constituição da empresa que participou dos certames, tudo com a finalidade de se afastarem dos ilícitos praticados.

Por fim, ainda segundo a denúncia, embaraçaram as investigações durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão tentando ocultar objetos e sugerindo a omissão dos policiais envolvidos na diligência. Também apresentaram um contrato de aluguel com data alterada e esvaziaram a sede da empresa na véspera do cumprimento dos mandados judiciais.

Mesmo não tendo sido decretadas as prisões preventivas requeridas pelo Ministério Público, a 6ª Câmara Criminal do TJMG fixou contra os denunciados diversas medidas cautelares diversas da prisão, tais como: comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar as suas atividades, mantendo o endereço atualizado nos autos; proibição de acesso e frequência à Prefeitura de Guapé; proibição de manter contato com os outros investigados, testemunhas e eventuais vítimas; proibição de se ausentar da comarca; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga e proibição do exercício de atividade de natureza econômica junto ao município de Guapé, seja pessoalmente, seja na posição de subcontratado, de fato e/ou de direito.

Relembre o caso
Em fevereiro de 2024 foi deflagrada a 1ª fase da ‘Operação Trem da Alegria

Na ocasião, foi oferecida a primeira denúncia contra seis pessoas pela prática de oito crimes e cumpridos 26 mandados de busca e apreensão (nas cidades de Guapé e Rio de Janeiro/RJ), seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de afastamento dos cargos públicos (mandados de prisão expedidos contra o então prefeito municipal, procurador-geral do município, diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), gestor de obras e dois empresários.

Outras seis fases da operação foram deflagradas, com o oferecimento de novas denúncias pela prática dos crimes de uso de documento falso, fraude em licitação, peculato, corrupção, preterição na ordem de pagamento de credores e organização criminosa.

As ações penais se encontram em andamento, sendo que duas já estão em fase de sentença.

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Ministério Público de Minas Gerais

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