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Um homem foi condenado a 47 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de duas pessoas. O julgamento ocorreu na última sexta-feira, 30 de junho, em Bonfinópolis de Minas. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi representado no Tribunal do Júri pelo promotor de Justiça Davi Reis Salles Bueno Pirajá.

A resolução do crime, ocorrido em 2018, teve início com a operação Viúva Negra, que tinha como objetivo investigar um homicídio do qual a suspeita era uma ex-esposa, que teria contratado dois sobrinhos para que matassem o ex-marido. O motivo seria uma discordância em relação à partilha de bens no divórcio.  

Os dois sobrinhos chamaram um adolescente e, os três, mataram, com golpes de faca e de uma barra de ferro, o ex-marido da mandante do crime e um outro homem que se encontrava com ele, trabalhando em uma carvoaria.

Um dos executores do crime roubou o celular de uma das vítimas e o entregou ao adolescente, que deu o aparelho de presente para a mãe. Percebendo o desaparecimento do celular e identificando a troca de chip do aparelho, a polícia solicitou a intercepção telefônica da linha. Em algumas das escutas, a mãe comentava com parentes sobre um vídeo gravado no momento do crime, que ela viu no celular do filho. O fato levou a polícia pode desvendar o que tinha ocorrido.

O réu foi condenado por homicídio qualificado por meio cruel e que dificultou a defesa das vítimas, bem como por motivo torpe em relação ao assassinato do ex-marido da mandante e por assegurar a execução ou ocultar outro crime em relação ao outro homem que se encontrava no local. Foi condenado ainda por ocultação de cadáver e por corrupção de menor de 18 anos.

Os demais envolvidos no crime já foram julgados em julho de 2021. O outro executor foi condenado a 38 anos de reclusão e a mandante do crime, a 20 anos.

Nº 0008425-97.2018.8.13.0082

 

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