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O Tribunal do Júri condenou um morador de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a 39 anos de prisão por dois crimes de feminicídio (um tentado e outro consumado) contra sua companheira. Os casos aconteceram em março de 2022 e maio do ano passado.

De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o agressor, de 39 anos, aguardou a companheira, de 55, no ponto de ônibus em que a vítima desembarcava após o trabalho. Sob ameaça, a levou para a casa dele, que estava sem energia elétrica.

Dentro da casa, o agressor acertou quatro golpes de faca contra a vítima, afirmando que iria matá-la. Mesmo ferida e com possibilidade de defesa reduzida pela falta de iluminação, ela se desvencilhou dos ataques e conseguiu sair do local. Um vizinho a socorreu e chamou uma ambulância. Com isso, "o homicídio não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do denunciado", nas palavras da peça de denúncia.

Já em maio do ano passado, segundo a denúncia, o agressor levou a vítima a um motel no bairro Panorama, onde pediu um quarto para pernoite. No início da manhã, ele saiu do local e disse à recepção que a companheira ficaria dormindo. Algumas horas mais tarde, a proprietária do local bateu à porta do quarto e, sem resposta, decidiu abri-la, quando se deparou com a vítima morta.

Desta vez, o agressor usou das roupas da vítima para asfixiá-la por estrangulamento.

Na condenação, foram considerados como agravantes dos dois casos o motivo torpe, o emprego de meio cruel e o uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima. O Tribunal do Júri também acatou a tese de feminicídio, tendo em vista que os atos foram cometidos "em razão da condição do sexo feminino envolvendo violência doméstica e familiar".

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