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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participou, nesta quinta-feira, 14 de março, do lançamento do “Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais – Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema”, que será realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no mês de agosto. A iniciativa pretende discutir a crise climática no estado, bem como fomentar projetos de inovação para Minas e definir uma agenda de trabalho legislativo sobre o tema.

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Durante o evento de lançamento, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, reafirmou a necessidade de políticas públicas voltadas às mudanças climáticas. "O Ministério Público de Minas Gerais tem como prioridade institucional a defesa do clima e combate ao desmatamento em todo o Estado", disse. 

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Em cerca de 70 anos, a temperatura pode aumentar em até seis graus em Minas Gerais. Esse aquecimento afetaria cultivos importantes, como o de café, azeitonas e árvores frutíferas, com a redução significativa de áreas aptas para a plantação. O alerta foi feito, durante o evento, por Michelle Simões Reboita, pós-doutora em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do curso de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). 

Ainda segundo a professora, das 20 cidades mais quentes do País em 2023, 19 estão em Minas Gerais. No último dia 19 de novembro, Araçuaí (Jequitinhonha/Mucuri) registrou a maior temperatura do Brasil, de 44,8 graus. 

O presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), também enfatizou que a crise climática tem afetado seriamente a saúde pública, a habitação e a segurança hídrica da população, assim como a capacidade de produção de alimentos, prejudicando, sobretudo, as populações mais vulneráveis. 

Tadeu Martins Leite salientou que o seminário busca a união de esforços para lidar com a questão. O evento reúne mais de 60 instituições, como universidades, órgãos públicos e entidades, para iniciar a discussão que também chegará ao interior do estado. 

Ao final do trabalho, a ALMG irá receber um relatório contendo diretrizes e sugestões para nortear a elaboração de uma agenda para a atuação do Legislativo, possibilitando a revisão das normas vigentes e a elaboração de novas leis sobre o assunto. 

O evento desta quinta-feira também discutiu a metodologia e o cronograma do seminário de agosto. 

 

Com informações da ALMG. 

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