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Terminou ontem, 14 de março, em Nova Lima, após quase 24 horas de sessão, o julgamento de mãe e filha denunciadas por homicídio qualificado por meio cruel. As duas foram condenadas a 16 anos de prisão por participação na morte de uma adolescente de 12 anos, respectivamente, filha e irmã das rés.

O julgamento contou com a atuação do promotor de Justiça Enzo Bassetti e a pretensão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi acolhida integralmente.

De acordo com a denúncia, assinada pela promotora de Justiça Elva Cantero, concluindo que a adolescente estava triste em razão da morte recente da avó, a mãe e a irmã da vítima passaram a ministrar-lhe cloridrato de fluoxetina, sem qualquer orientação médica. Por causa do remédio, a adolescente passou a apresentar sintomas como dores abdominais, perda de peso, vômitos, dor de cabeça, letargia e sonolência.

Na tarde do dia 31 de julho de 2019, acreditando que o quadro da adolescente seria de fundo espiritual, a mãe e a irmã, na época dos fatos com 25 anos, a levaram até a casa de um casal para que ela fosse submetida a um ritual. Com a anuência das duas, a vítima ingeriu considerável dose de etanol. Entorpecida pelo álcool, foi colocada em uma cama dentro da casa, onde adormeceu. A mãe voltou para casa e a irmã ficou com a adolescente na casa do casal.

Na madrugada do dia 1º de agosto, a adolescente passou mal e morreu vítima de intoxicação pela interação de etanol e fluoxetina.

O casal que promoveu o ritual será julgado em abril.

 

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