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O líder dos criminosos foi condenado a mais de 23 anos de reclusão; a menor pena ultrapassou 17 anos de reclusão

 

Denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Ipanema, no Vale do Rio Doce, à Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca, resultou na condenação de cinco homens à prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico, com majorantes por ameaça com arma de fogo e pelo envolvimento de três adolescentes, conforme previsto na Lei nº 11.343/06.

Os criminosos faziam parte do "Bonde dos Irmãos" (BDI), organização criminosa que vinha atuando em Ipanema sob o comando de JLS, que abastecia o grupo com droga e definia a atuação de cada envolvido, o que agravou sua pena, conforme o artigo 62, I, do Código Penal. Todos permaneceram presos provisoriamente durante o processo e não poderão recorrer da sentença em liberdade.

O líder, JLS, que, a pedido do MPMG, desde 2021 cumpre sentença de 14 anos e dois meses de reclusão e responde por um homicídio - crimes também relacionados à atuação dele no tráfico-, foi condenado, agora, a 23 anos, 10 meses e 2.874 dias-multa. Os outros condenados são JVR (23 anos, 10 meses e 2.874 dias-multa); BESF (20 anos, 5 meses e 2.464 dias-multa); RGS (17 anos e 2.053 dias-multa); e ITAL (17 anos e 1.017 dias-multa). As sentenças de JLS e JVR foram acrescidas de 24 dias de reclusão e, as de BESF, RGS e ITAL foram acrescidas de 26 dias de reclusão.

O juízo da comarca absolveu o denunciado ILM, mas o MPMG interpôs recurso de apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais requerendo sua condenação.

Histórico - Conforme a denúncia, os criminosos vinham disputando espaço de tráfico com grupos de outras regiões da cidade, de forma violenta e utilizando pichações com a sigla BDI para marcar território.

Segundo o MPMG, após denúncias recebidas, contendo imagens de drogas e armas de fogo postadas na internet por um dos sentenciados, a polícia realizou operações de busca e apreensão nos dias 25 de março e 4 de abril de 2020, numa casa no bairro Nova Cidade, onde os traficantes se reuniam para cometer crimes. Nas operações, a polícia encontrou denunciados no imóvel e apreendeu armas, dinheiro, grande quantidade de droga, celulares e radiocomunicadores.

As investigações apontaram que, além de ameaçar quem os denunciasse, e de envolver adolescentes nos crimes, com intenção de transferir para eles a responsabilidade dos crimes, com frequência os criminosos trocavam os números dos celulares para tentar escapar da repressão contra o tráfico.

 

Autos nº 0004991-21.2020.8.13.0312

 

Régua - Assinatura Cejor (atualizada)

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