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Em sessão no Tribunal do Júri de Campestre, na região Sul de Minas, um homem e uma mulher foram condenados, respectivamente, a 23 e a 14 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um amigo deles, em março de 2019, no local de trabalho da vítima, no centro do município.  

O Júri considerou as teses apresentadas na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) à Justiça e reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. À condenação do homem soma-se ainda a tentativa de homicídio de outra pessoa que tentou impedir crime.   

Segundo o Ministério Público, o homem denunciado e a vítima eram amigos de longa data. Já a mulher teria tido um relacionamento amoroso com a vítima, mas, depois do término, passou a se relacionar com o condenado, com o qual teve uma filha. No entanto, o caso chegou ao fim e a mulher teria voltado a ter uma ligação com a vítima. Cerca de um mês antes do crime, ela teria retornado aos braços do acusado.  

O MPMG explica, na denúncia, que o casal condenado tramou o crime e contou com a ajuda de um terceiro denunciado, que auxiliou a dupla a vigiar o estabelecimento onde a vítima trabalhava e a fornecer informações para que o ato fosse consumado. Os três teriam, inclusive, arquitetado uma divisão de tarefas, o que foi provado pela quebra do sigilo telefônico deles.  

Na manhã do crime, o casal de condenados teria chegado ao local do assassinato em uma BMW Z4, de cor vermelha. O homem levava, na mão direita, um revólver e, na mão esquerda, uma pistola. A mulher, por sua vez, carregava uma arma de fogo escondida dentro da blusa. O denunciado disparou diversos tiros, que atingiram a cabeça e o tórax da vítima, que caiu no chão. Os disparos continuaram mesmo com a vítima clamando por vida. O assassinado foi consumado com tiros de pistola na cabeça, mesmo com a tentativa de uma outra pessoa impedir que isso acontecesse. Essa outra pessoa também foi atingida com dois tiros que causaram ferimentos no tórax. 

Segundo a denúncia do MPMG, o homem condenado tem envolvimento anterior com os crimes de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, roubo, lesão corporal, ameaça contra autoridade e receptação. 

Processo nº 0008687-26.2019.8.13.0110 

Assinatura Cejor

 

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